quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

FLORES COLORIDAS







Com a proximidade crescente da primavera e com o aumento da luz solar disponível damo-nos conta que, cada dia que passa, o nosso Portugal vai ficando cada vez mais colorido. É chegado o tempo da floração para muitas espécies da nossa flora bem como para as espécies exóticas introduzidas. Mas, qual o porquê das flores? Porque será que são tão coloridas? Qual o objectivo da sua produção? Em primeiro lugar deve referir-se que as flores despontam com o amadurecimento dos orgãos sexuais femininos e masculinos. Nas anteras o pólen encontra-se livre e disponível e nos ovários os óvulos também estão prontos para ser fecundados. E agora? Bom, agora o polen precisa ser transportado para os ovários da sua flôr de origem ou para o de outras flores da mesma espécie ( fecundação cruzada ), com vista à reprodução. Mas, e como é que isto se processa? É então que entra em jogo o facto das flores serem coloridas. As flores são única e exclusivamente coloridas com o objectivo de atraírem insectos e aves. Estes animais parecem saber que as plantas com flores coloridas estão associadas a uma agradável perspectiva de almoço, o néctar. Ao pousarem nas flores para recolher o doce alimento o pólen fica " agarrado " ao insecto sendo, involuntariamente ( ou não ), transportados até aos ovários da flôr ( fecundação entomófila ). Como os insectos voam de flôr em flôr permitem também a fecundação cruzada. Outros animais podem ainda ser utilizados como vectores no transporte do pólen. O vento também desempenha essa função ( fecundação anemófila ). Tudo pela perpetuação da espécie!



domingo, 18 de fevereiro de 2007

FlORESTA PRIMITIVA


Mata de Albergaria, Portela do Homem, Gerês

A floresta primitiva Portuguesa era constituída por extensas matas mediterrânicas de folha caduca. Carvalhos e outras àrvores de grande porte dominavam a paisagem, sustentando uma grande diversidade de vida animal e vegetal. Com o passar dos séculos, e com o contínuo aumento da pressão humana, a situação alterou-se radicalmente. As grandes e antigas florestas foram abatidas para dar lugar à agricultura e sustentar o desenvolvimento humano. Na maioria do território Português, foram substituídas pelo Pinheiro-Bravo ( Pinus pinaster ) e pelo Eucalipto ( Eucaliptus globullus ), espécies de crescimento rápido e portanto, mais lucrativas. Hoje, a floresta autóctone restringe-se apenas ao Parque Nacional da Peneda-Gerês e a alguns parques naturais onde foram preservadas pequenas manchas florestais. Embora sombras do passado continuam a ser autênticas reservas de biodiversidade devendo ser preservadas para que possam ser perpetuadas ás gerações futuras.

sábado, 17 de fevereiro de 2007

COGUMELOS

Género Cortinarius, P. da Cidade, Vila N. de Gaia

Coprinus comatus, Parque da Cidade, Porto
Género Hygrocybe, Jardim Botânico, Coimbra
Género Mycena (?), Jardim Botânico, Coimbra
Género indeterminado, Ponte de Lima
Género indeterminado, Ponte de Lima

O termo cogumelo é usado para designar macrofungos que apresentam pé e chapéu. Os macrofungos caracterizam-se por produzirem estruturas macroscópicas, os carpóforos, destinados à reprodução sexuada. Desta forma os cogumelos, a parte visível dos fungos, não são mais que os orgãos reprodutivos destes. Os macrofungos, como muitos outros fungos, decompõem a matéria orgânica morta desempenhando assim o importante papel da reciclagem ao nível dos ecossistemas, prevenindo surtos de doenças e ajudando estes a permanecer mais saudáveis.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

SAPO-COMUM


Sapo-Comum ( Bufo bufo ), Vila Nova de Foz Côa

O Sapo-Comum, membro da família dos anuros ( anfíbios sem cauda ), é uma espécie bem conhecida e com ampla distribuição geográfica. Possui pele rugosa, de coloração variada, e duas glândulas secretoras de veneno na parte posterior da cabeça. É um animal essencialmente noturno, saindo à noite para se alimentar de pequenos vermes, insectos e caracóis.