segunda-feira, 20 de abril de 2009

Rã-Verde (Rana perezi)



Um dos meus objectivos é observar e fotografar todas as espécies de anfíbios portuguesas. Nesse espírito fiz uma saída de campo à Reserva Ornitológica do Mindelo, local priveligiado para a observação de anfíbios no norte do país. Enfim, na reserva não tive muita sorte. Por um lado porque era de dia, o que restringia a possibilidade de conseguir observar muitas espécies. Por outro lado os charcos dunares temporários encontravam-se secos. Todos secos menos um. Esse único charco presente possuía uma grande abundância de larvas mas nenhum anfíbio adulto. Enfim, pude capturar inúmeras larvas mas as fotografias realmente não ficaram grande coisa. Também não consegui perceber onde é que estava o espiráculo das larvas, ou seja, não consegui identificar a que espécie pertenciam. A única coisa que posso afiançar é que não eram todos da mesma espécie. Provavelmente também nenhum era larva da espécie Rana perezi pois não se encontrava presente qualquer adulto da espécie e como todos sabemos esta espécie é diurna. Mas enfim, um pouco desiludido resignei-me à minha sorte e fui embora, resolvendo dar um saltinho a Vila do Conde. Em Vila do Conde procurei uma ponte sob a qual sabia que existia uma zona de charco practicamente contígua ao rio. Fui então até lá e....bingo! Encontrei muitas e inúmeras rãs-verdes que capturei e fotografei com sucesso. É uma espécie muito comum, eu sei, mas sendo de dia era a única espécie que estava realmente com esperança de encontrar. Alêm disso eu já tinha fotografias de 3 espécies de anuros(anfíbios sem cauda) mas nenhuma delas era de Rana perezi. Sendo uma espécie muito comum eu precisava e desejava estas fotografias. Vim então partilhar convosco o meu sucesso fotográfico e a minha história com estas rãs-verdes. As fotografias foram tiradas sob a ponte do Zameiro, Macieirinha, Vila do Conde.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

domingo, 9 de setembro de 2007

Corço: O Cervídeo mais antigo da Europa

Ao mais pequeno sinal de perigo os corços fogem....

....procurando uma maior segurança no coberto vegetal




terça-feira, 17 de julho de 2007

Parque Nacional da Peneda-Gerês: Onde os Lobos ainda uivam

Fezes "antigas" e practicamente inodoras de Lobo

Os restos de um Garrano, cavalo selvagem do Gerês

Fezes "frescas": negras e extremamente malcheirosas
Vaca de raça cachena predada por Lobos
Há uns meses atrás desloquei-me ao Parque Nacional da Peneda-Gerês em busca do último grande carnívoro de Portugal, o Lobo-Ibérico (Canis lupus signatus). Embora estivesse consciente que a possibilidade de ver um Lobo era mínima não pude deixar de alimentar essa secreta esperança dentro de mim, entregando-me à sua procura com afinco. Andei kms, bati florestas densas, subi montes e penedios, explorei cursos de água. Como exercicio foi óptimo mas Lobo não vi nenhum, nada, aliás, como já tinha previsto. Contudo o meu esforço e afinco não deixou de ser recompensado pois embora não tenha avistado Lobos pude encontrar muitos e variados sinais, evidências da sua presença bem como das suas presas silvestres. Para felicidade minha pude observar dejectos de lobo em relativa abundância(cilíndricos, com 10 a 15 cm de comprimento, 3 cm de diâmetro, negros e malcheirosos quando frescos, repletos de ossos e pêlos de ungulados), algumas pegadas (das quais infelizmente não consegui uma fotografia decente) e os restos de duas das suas presas, um Garrano e uma vaca de raça cachena. A morte de animais domésticos é preocupante pois lembra-nos sempre do eterno conflito entre o homem e o lobo, do qual o lobo sai quase sempre a perder. Apesar disso encontrar estes e todos os outros sinais da presença de uma alcateia naquela região foi realmente fantástico para mim porque sem dúvida alguma o Lobo, além de muito belo, é uma das espécies mais perfeitas e evoluídas que existem no planeta azul. Poder constatar em primeira mão as evidências da ocorrencia desta espécie cá no nosso Portugal é por si só uma experiencia revigorante, suprema, realmente maravilhosa. Estou muito feliz por ter-me deslocado um dia ao Parque Nacional da Peneda-Gerês....porque lá os lobos ainda uivam!

quinta-feira, 22 de março de 2007

Pisco-de-Peito-Ruivo




O Pisco-de-Peito- Ruivo ( Erithacus rubecula ) é sem dúvida a ave mais comum dos nossos jardins a seguir ao Pardal-Doméstico ( Passer domesticus ) e ao Melro-Negro ( Turdus merula ), podendo ser avistado com regularidade ao longo do dia, e durante todo o ano. Mede cerca de 13 cm de comprimento, o seu canto é melodioso e é um pássaro solitário. Possui um bico castanho, curto e pontiagudo perfeitamente adaptado à sua alimentação insectívora. Como imagem de "marca" apresenta a face, o mento e o peito de uma côr ruivo-avermelhado que o torna inconfundível.